A transportadora aérea angolana TAAG vai contar com um plano de recapitalização e saneamento complementar, visando garantir recursos para “maior estabilidade” no seu processo de reestruturação, garantiu esta semana, em Luanda, o ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu.
“Estamos a fazer um trabalho com o Ministério das Finanças que é o plano de recapitalização e saneamento complementar da TAAG, garantindo que a companhia aérea passa a ter recursos para conseguir fazer com maior estabilidade todo este processo de reestruturação”, afirmou ricardo D’Abreu, sem avançar números.
O governante, que respondia à questão sobre as constantes reivindicações dos funcionários da transportadora estatal angolana, manifestou-se também confiante de que o plano será apreciado, em breve, em Conselho de Ministros.
Durante a 8.ª edição do Café CIPRA – Centro de Imprensa do Presidência da República de Angola, o governante considerou existirem indicadores que demostram claramente a necessidade de reestruturar a TAAG, em termos de processos, tecnologia e com profissionais verdadeiramente comprometidos com a companhia aérea.
Segundo o Ricardo D’Abreu, a TAAG teve, nos últimos 44 anos, 20 órgãos de gestão diferentes e, “provavelmente não deve haver uma empresa angolana em que isso tenha ocorrido”, pelo que, notou, “esse factor não deve ser ignorado”.
A empresa estatal angolana, avançou, teve prejuízos assumidos pelo Estado acumulado ao longo dos últimos dois ou três anos, devido à pandemia, de mais de 600 milhões de dólares. Em relação aos resultados líquidos da TAAG em 2022 não avançou números, mas disse que registam um prejuízo muito abaixo daqueles registados em 2019, no período pré-pandemia.
“Os números da TAAG serão publicados em breve, depois da auditoria que está em curso. A TAAG está com um desempenho quase que equivalente, do ponto de vista operacional, aos números de 2019”, rematou o ministro angolano dos Transportes, citado pela Lusa.