O rapper português Valete está disposto a perpetuar a mensagem e o espírito de Azagaia, artista moçambicano falecido em Março deste ano e que foi a voz das angústias dos jovens e do povo africano, que o adoravam.
O músico, um dos promotores do espectáculo que nesta Quinta-feira reúne, em Lisboa, 22 músicos numa homenagem ao rapper e activista moçambicano, considera que muito mais do que músico, Azagaia era a grande voz do cidadão moçambicano, da juventude moçambicana.
No evento, além de Valete, Sérgio Godinho, Paulo Flores, Maria João e Karyna Gomes são alguns dos músicos que irão actuar no espectáculo que se realiza na Casa Independente, em Lisboa, e que já está esgotado.
Para o artista português de origem são-tomense, amigo e parceiro de Azagaia, com quem gravou seis canções, o rapper representava as inquietudes e as angústias do povo moçambicano.
Valete atribui a Azagaia “a verdadeira música de intervenção, uma música de combate, militante, uma música que não faz cedências, uma música a todos os níveis comprometida com o povo”.
“A principal mensagem de Azagaia foi o amor por Moçambique e por África, tendo nas letras que compôs nos últimos dez anos marcado a sua posição vincadamente pan-africanista”, disse à Lusa o músico.
O rapper moçambicano Edson da Luz, popularmente conhecido como “Mano Azagaia”, morreu aos 38 anos de idade, vítima de um ataque epilético, como avançou uma fonte familiar contactada pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA um dia após o acontecimento.