Em 2020 os sete maiores produtores mundial de diamantes produziram 107 milhões de Quilates, que representa 97% do volume total de produção. O ranking de 2020 é liderado pela Rússia que contribuiu com 29% do alcance total da produção, seguido do Botswana (16%), Canada (12%), República Democrática do Congo (12%), Austrália (10%), Africa do Sul (8%) e na sétima posição encontra-se Angola (7%), que perdeu o 6º lugar para os sul-africanos.
Ranking dos 7 maiores produtores de diamantes do mundo
Segundo Walter Wagner Hinda, técnico de estatística da Comissão Nacional do Processo Kimberley, Angola é o único país que viu a sua posição alterada, sendo que os restantes se mantiveram nas mesmas posições em comparação com o ano de 2019.
O responsável que falava no seminário de capacitação para jornalistas económicos e profissionais de comunicação no domínio de certificação de diamantes, realizado nesta Quarta-feira (28) pela Associação de Jornalistas Económicos (AJECO), em Luanda, destacou ainda que no ranking mundial sobre os valores de produção, o Botswana ultrapassou a Rússia, ocupando assim a primeira posição.
“O ranking sobre os valores já traz alterações, com destaque para o Botswana que aparece em primeiro lugar, destronando a Rússia que liderava desde 2009, quer em temos de volume de produção como em valores”, diz.
Em 2020, o Botswana contribuiu para o valor total da produção com 2,5 mil milhões de dólares, seguido da Rússia com 2,2 mil milhões de dólares, Angola aparece na terceira posição com 1,1 mil milhões de dólares, destronando o Canada. Seguem-se a África do Sul que – subiu duas posições, Canada desceu dois lugares e aparece agora na quinta posição, Namíbia e Lesoto aparecem nas últimas posições.
Ranking de produção mundial de diamantes, em valor (USD)
O ranking indica ainda que Botswana, Rússia, Angola, Africa do Sul, Canada, Namíbia e Lesotho, juntos produziram 93% do valor total de diamantes brutos no mundo. Walter Hinda refere que os resultados de 2020 indicam um declínio de 23% do volume global, se comparado com o ano de 2019, e um declínio de 29% do pico da produção, em 2017, isto porque em 2009 a indústria registrou um abrandamento da produção devido a crise financeira de 2008. “Em 2017 a actividade diamantífera deu sinais de recuperação, mas, a Covid-19 descarrilou completamente a industria do diamante”, sublinha.
O responsável aponta que a produção no ano passado foi a mais baixa desde que o processo Kimberley tornou-se a instituição oficial ou mais credíveis das informações relacionadas as estatísticas do comércio mundial de diamantes.
Em 2020 a produção de diamantes foi avaliada em 9 mil milhões de dólares, o que indica um declínio significativo de 32% em comparação com o ano de 2019, em que se situou nos 13 mil milhões de dólares.
Recorde-se que o preço médio caiu 12% para 86 dólares por quilate, quando comparado com 98 dólares por quilate do ano de 2019. “É importante destacar que tanto o valor da produção, quanto o preço médio, foram os resultados mais baixos da década, se tivermos em conta o período que vai 2010 a 2020”, refere o técnico de estatística da Comissão Nacional do Processo Kimberley.