Quase mil moçambicanos pediram asilo no Reino de Essuatíni nos últimos dois meses devido à crise pós-eleitoral no país, avançaram as autoridades daquele país que faz fronteira com Maputo.
Desde Novembro, “um total de 911 refugiados, provenientes de Moçambique, foram registados no centro de refugiados de Malindza”, lê-se numa nota do Governo de Essuatíni.
Em causa está a crise pós-eleitoral que Moçambique atravessa desde Outubro, com protestos e paralisações que têm culminado em confrontos violentos entre polícia e manifestantes que rejeitam os resultados das eleições de 09 de Outubro, com quase 300 mortos, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo.
De acordo com o Governo de Essuatíni, o grupo de moçambicanos que tem estado a requerer asilo naquele país é composto por pessoas de todos os géneros, provenientes de diferentes partes do território moçambicano.
“É importante notar que estes números têm em consideração as pessoas que foram registadas e pediram abrigo naquele centro para refugiados”, acrescenta-se na nota.
O Conselho Constitucional (CC) proclamou em 23 de Dezembro Daniel Chapo como vencedor da eleição para Presidente da República, com 65,17% dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Nyusi, bem como a vitória da FRELIMO, que manteve a maioria parlamentar, nas eleições gerais de 09 de Outubro.
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