A qualidade dos dados económicos e financeiros, bem como das garantias são as grandes dificuldades que o Banco Internacional de Crédito (BIC) tem enfrentado para conceder mais empréstimos às empresas em Angola, afirmou o administrador da instituição, Ricardo Cortez.
O gestor falava à margem da segunda edição do Fórum Banca e Seguros, que decorreu há dias em Luanda, sob o lema “Soluções Viáveis para o Crescimento Económico”, numa promoção da Associação de Jornalistas Económicos de Angola (AJECO).
“Do ponto de vista de gestão, esse é o ponto que nós não abdicamos, que é o nosso dever máximo, manter a qualidade da gestão para garantir que os depósitos das famílias estão seguros e isso reflecte-se no crédito. Só podemos financiar créditos que tenham qualidade para ser financiados”, referiu.
Ricardo Cortez adiantou que o BIC tem investido mais em tecnologia para responder de forma célere e objectiva às solicitações de financiamentos das empresas. “Temos feito um investimento muito grande para termos soluções informáticas mais eficientes, que permitam tomar as decisões de crédito de forma mais rápida e, digamos, também mais eficazes”, assegurou.
O gestor defendeu um maior investimento dos bancos ao sector primário da economia para que o país reduza a importação de bens alimentares, defendendo ser necessário ultrapassar esta dependência que existe na importação de alimentos.
“No sector alimentar nós conseguimos, certamente, produzir internamente, Se não, continuaremos a ter as situações de inflação que temos, porque as importações estão muito corelacionadas a inflação, por via das variações da taxa de câmbio”, apontou