A imponente pintura de 3,61 metros de largura por 1,12 metro de altura, o Orixás da brasileira Djanira foi retirada do Salão Nobre do Palácio do Planalto durante a presidência de Jair Bolsonaro, mas promete regressar, segundo a ministra da cultura Margareth Menezes. “Havia um furo feito de caneta na tela. Mas vai voltar ao local que pertence, o Palácio do Planalto. Vai estar numa exposição agora em janeiro, mas vai voltar. Aliás, faremos todo o trabalho de recomposição do acervo, vamos tratar isso com muito carinho”, referiu.
O motivo da retirada da tela em 2019 deste espaço premium nunca foi totalmente esclarecido pelo casal Bolsonaro que, na altura, referiu apenas, via Secretaria-Geral da Presidência (SG) que o motivo não era religioso. A hipótese colocava-se, uma vez que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, é evangélica.
Acrescentaram na altura que a retirada da obra foi um “procedimento usual que visa o descanso e o rodízio das peças de arte como medida de conservação preventiva, conforme as boas práticas da museologia”, mas esse “rodízio” nunca viria a acontecer com outras perças.
Criada em 1966, a pintura retrata três orixás: Iansã (guerreira), Oxum (fartura, maternidade e beleza) e Nanã (sabedoria) e o valor da obra é estimado entre R$ 1 milhão e R$ 4 milhões.