Há mais de 20 anos a operar no mercado, a Promasidor Angola tem reforçado a sua presença no país, tendo investido nos últimos anos mais de 10 milhões de dólares, segundo o seu director-geral, Augusto Cunha.
A FORBES efectuou, recentemente, uma visita guiada à base da empresa, localizada na zona do Kikuxi, em Viana, onde se inteirou, durante algumas horas, do funcionamento da unidade, consubstanciado na produção e embalamento de vários produtos, trabalhos executados 100% por jovens angolanos, com idades compreendidas dentre os 20 e os 40 anos.
A Promasidor emprega 200 colaboradores, 62 dos quais colocados na área de produção. Mas, por conta das medidas restritivas impostas pelo Decreto Presidencial sobre a situação de calamidade, que determina a redução presencial da força de trabalho, durante a visita da FORBES, apenas 28 jovens se encontravam em actividade no sector produtivo.
A empresa que nasceu no Congo, em 1978, criada por dois amigos Zimbabueanos, tem hoje investimentos em Cabinda, Huambo, Huíla, Lubango e Benguela, e conta com mais de 160 milhões de unidades de produtos vendidos, sendo que as suas marcas, como a de leite em pó Cowbell instantâneo e com chocolate, leite em pó instantâneo Loya Forvita, leite em pó lácteo instantâneo Mixwell, Papas Yumvita, Cafés instantâneos Proma, entre outras, já chegam à mesa de mais de 10 milhões de consumidores.
“Estamos a falar de uma produção feita 100% por jovens angolanos e de uma empresa que, quando se instalou em Angola, tinha apenas uma máquina e um escritório pequeno. Hoje o reflexo do nosso crescimento é prova da grande capacidade que o mercado angolano tem, de fazer as coisas acontecer com quadros nacionais”, referiu Pedro Baptista, director comercial da empresa.
Com presença em mais de 30 países africanos, a Promasidor é detentora de nove marcas de produtos alimentares e de bebidas, servindo mais de 850 milhões de pessoas em todo o continente. Em Angola, a empresa tem como principal mercado a província de Luanda, que consome 70% do que produz.
Gerida pelo Moçambicano, Augusto Cunha, a empresa aguarda com ansiedade a autorização para o lançamento no mercado angolano do “Top Tea” em saquetas, e manter os preços acessíveis, conservando a tradição que levou a criação da empresa, que passa por “trazer produtos ao mercado com preços acessíveis para as famílias em África”, como referiu o CEO.