A Fundação Smart City, uma organização sem fins lucrativos, criada, para promover inovação nas cidades, pretende implementar ainda este ano, um projecto piloto de gestão tecnológica da água e energia em Cabo Verde, esperando que as empresas sejam mais eficientes e reduzam as perdas, disse à Lusa a presidente da instituição, Loide Monteiro.
A responsável que falava em entrevista à Lusa, explicou que as duas empresas públicas dos sectores de produção e distribuição de água e electricidade “têm todo o interesse” neste “projecto piloto”, que vai começar a ser implementado este ano, recorrendo à Internet e as às novas tecnologias.
“Vamos reduzir as perdas e eles vão acabar por ter ganhos com essa solução, porque vão ser mais eficientes e ter mais rendimento na venda de água e da energia”, assumiu a presidente da instituição à agência Lusa.
Loide Monteiro explicou ainda que o referido projecto consiste na utilização das novas tecnologias, nomeadamente com um sistema tecnológico que, através da monitorização, faz a recolha de dados de tudo o que acontece nestes sistemas, em tempo real.
“Com essa monitorização, este projecto auxilia na vigilância e acompanhamento da distribuição de água na rede, por outro lado, permite-nos detectar qualquer problema do sistema e assim tomaremos as precauções prévias para evitar o desperdício de água e reduzir o seu custo”, descreveu.
“Desenvolvemos um conceito, temos que provar que esse conceito funciona. Portanto, neste momento, estamos a trabalhar cinco projectos pilotos”, acrescentou, destacando o projecto inteligente de gestão de água, em parceria com a empresa de distribuição Água de Santiago (AdS).
A Fundação Smart City tem vindo a promover inovação nas cidades, transformando as cidades em quatro ‘S’. Nomeadamente cidades ‘Smart’ [inteligentes], Sustentável, Seguro e com Sorriso”, apontou, definindo essas características para cidades do futuro, que terão a preocupação de utilizar novas tecnologias e inovação para levar eficiência e melhorar a qualidade de vida para as pessoas.