Um envelope financeiro de 36 milhões de dólares foram desembolsados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) para apoiar o programa ‘Energia para Todos’, em Moçambique, numa iniciativa que deverá abranger também populações deslocadas pelo conflito armado em Cabo Delgado.
De acordo com uma nota da instituição enviada à imprensa, o projecto, que deverá ser implementado em coordenação com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), vai contribuir para o aumento do número de ligações residenciais à rede eléctrica nacional e dos níveis de exportação de energia, bem como promover a melhoria da qualidade.
No total, o BAD e o ACNUR esperam que com o apoio, internamente, 49 mil pessoas beneficiem de novas ligações.
“O projecto irá contribuir para o plano do Governo de fornecer electricidade a todos os cidadãos moçambicanos até 2030, com particular atenção dada aos residentes da província de Nampula, que acolhe pessoas deslocadas devido à violência generalizada no Norte de Cabo Delgado, bem como refugiados”, disse Mba Abogo, representante residente do BAD em Moçambique, citado na nota.
O documento indica ainda que a ambição é “triplicar as exportações de energia, incorporando mais fontes renováveis, como solar e eólica, e atraindo mais fluxos de investimento, à medida que o fornecimento de energia doméstica e a estabilidade melhoram”.
Segundo a agenda do governo moçambicano, o país estima atingir no ano em c urso, até 2 milhões de novas ligações, beneficiando mais de 10 milhões de pessoas, o que permitirá ter 64% da população (30 milhões de habitantes) com energia em casa.