Angola actualmente tem uma produção de aproximadamente 1,1 milhões barris de petróleo por dia, disse há dias, o director do gabinete de intercâmbio do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET), Luís António.
Luís António, avançou estes dados durante uma colectiva de imprensa de apresentação da 4ª edição da conferência internacional “Angola Oil & Gas 2023”, que vai decorrer em Luanda a partir do mês de Setembro, promovida pela Energy Capital & Power e o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
“O que se pretende com a realização da conferência, é uma abordagem sobre a indústria no seu todo e como nós podemos aumentar a produção de petróleo a nível nacional. A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) tem uma estratégia e quer partilhar com todos os participantes no sentido de colher subsídios e melhorá-la. A NPG tem agendado um ronde de licitação de projectos logo depois da conferência”, assegurou Luís no evento que ocorreu à magem da 38ª edição da Feira Internacional de Luanda [FILDA].
Ainda durante a conferência, a directora executiva da ECP – Energy Capital & Power, Devi Paulsen-Abbott, afirmou que preveem que a participação na “Angola Oil and Gas 2023” cresça exponencialmente, com mais de 40 países a participarem.
“A AOG apresenta uma excelente oportunidade para os investidores aprenderem mais sobre o potencial do sector energético de Angola, as políticas e regulamentos do Governo que o afectam”, garantiu Paulsen-Abbott.
De acordo com Paulsen-Abbott, a segurança energética e descarbonização pode ser considerada como uma plataforma para facilitar a atracção do investimento em Angola, que tem mais de 50 anos de história no sector dos hidrocarbonetos.
“À medida que entramos na Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA, na sigla em inglês), a colaboração regional tornou-se mais importante do que nunca e, portanto, a AOG é uma plataforma eficaz para networking, para a troca de conhecimentos e para a criação de parcerias estratégicas, particularmente porque o evento ocorre na véspera da partilha do RFP para as novas rondas de licenciamento”, aclarou a dirigente da ECP.
Outro ponto destacado por Paulsen-Abbott, é a intenção de abordarem no evento, temas relacionados ao esforço para atrair jovens talentos e promover a igualdade de género.
No entanto, acrescentou a dirigente da a ECP, iniciativas como a Muhatu Energy Angola, uma plataforma criada para promover oportunidades de carreira e o desenvolvimento da liderança feminina no sector petrolífero, são cruciais não só para o desenvolvimento sustentável e inovação, mas também para promover a justiça social para um sector energético mais forte, mais justo e mais equitativo, que nos beneficie a todos.