A produção de petróleo em Angola vai cair 20%, até 2031, devido à maturação dos poços petrolíferos e à falta de investimento “crónico” em novas descobertas, indica a análise da consultora Fitch Solutions.
A principal razão para o “crescimento medíocre” da produção petrolífera, aponta a consultora numa nota de comentário sobre a manutenção da produção abaixo do limite definido pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), é o efeito do legado da maturação dos poços petrolíferos.
“A queda na produção dos poços actuais de Angola significa que é preciso uma taxa maior de crescimento [da produção] para mantê-la nos níveis actuais. Angola precisa de cerca de mais 36 mil barris por dia de produção para anular o impacto do declínio natural”, dizem os analistas da consultora.
Num comentário enviado aos clientes, citado pela Lusa, a Fitch Solutions escreve que “Angola tem assistido a uma pequena subida dos níveis de produção, com a entrada em funcionamento de vários pequenos projectos, mas preveem que a pequena subida de produção estagne, regressando a uma evolução negativa em 2023, com o efeito do declínio dos poços a materializar-se.
Os analistas descrevem quer o novo limite para Angola, ao abrigo da produção total da OPEP, está muito acima das capacidades de produção e as taxas de crescimento anteriores indicam que há uma probabilidade muito baixa de Angola se aproximar dos limites da organização a curto prazo.