A produção de petróleo em Angola poderá observar uma queda de cerca de 250 mil barris diários até 2031, antecipando uma queda de 0,9% já este ano para o total da região, apontam as previsões da Fitch Solutions.
Os economistas da referida consultora acreditam que Angola deverá registar declínios significativos na produção de petróleo, nos próximos nove anos, “devido à falta de grandes projectos a entrar em funcionamento”.
Na análise à evolução do petróleo na África subsaariana, enviada aos clientes, os consultores descrevem também que “o crescimento negativo em Angola, o segundo maior produtor da região, vai contribuir para a queda da produção regional, com os campos esgotados e as taxas naturais de declínio a fazerem com que o país abrande o crescimento para 2,7% este ano, depois de um crescimento temporário de 4,2% em 2022, chegando ao princípio da próxima década com menos 250 mil barris do que produz actualmente.
A Fitch Solutions não apresenta os dados específicos para cada país, mostrando apenas gráficos que permitem concluir que a produção de petróleo em Angola estará cerca de 250 mil barris diários abaixo da produção actual – os números enviados por Luanda à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) apontam para uma produção de 1,1 milhões de barris diários, em média, no ano passado.
As quedas de produção na Nigéria e Angola farão com que a produção de crude, gás natural liquefeito e outros líquidos na região deva cair 0,9% este ano, “principalmente devido a um forte declínio da produção na Nigéria”, o maior produtor de petróleo na África subsaariana, “que foi significativamente afectado pela queda nos investimentos e falta de manutenção nos principais poços”.
Assim, a queda da produção na Nigéria deverá ser de 4,6% este ano, influenciando o conjunto da produção da região, um panorama que não deverá mudar nos próximos anos.
No entanto, quanto à Guiné Equatorial, a Fitch Solutions estima que a produção até 2031 fique cerca de 20 mil barris de petróleo abaixo da actual, que no ano passado foi de 81 mil barris por dia, descendo face aos 93 mil barris que as autoridades disseram à OPEP ter produzido.
Com Lusa