A produção de ouro em Moçambique aumentou 53% no primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período de 2022, para 346,3 quilogramas, segundo dados oficiais do Governo moçambicano compilados pela Lusa.
Segundo o balanço económico e social da execução do Orçamento do Estado de Janeiro a Março de 2023, essa produção representa 26% do total esperado para este ano, que é de quase 1.342 quilogramas, e compara ainda com 226 quilogramas de ouro produzidos em Moçambique no primeiro trimestre de 2022.
Este desempenho resulta, de acordo com o documento, de um “maior controlo da mineração artesanal” em face do “bom desempenho das empresas produtoras”, da “contínua exploração de depósitos de rocha dura” e da introdução de uma nova fábrica de processamento, bem como da retoma das actividades de exploração na província de Manica.
O mesmo documento refere ainda que, entre os metais metálicos, a produção de tantalite também cresceu 53% no mesmo período, para 64,5 toneladas, de ilmenite aumentou 48%, para 747.734 toneladas, de Zircão cresceu 11%, para 33.346 toneladas, enquanto a de rutilo caiu 14%, para 1.682 toneladas.
No grupo dos minerais não metálicos destaca-se o grafite, com 11% de realização face aos objectivos para todo o ano, com 28.608 toneladas, um decréscimo de 39% comparado a igual período de 2022.
No grupo das pedras preciosas e semipreciosas, “o destaque vai para o rubi, mineral com maior peso na estrutura global, tendo registado uma produção superior a 567.463 quilates, correspondente uma realização de 8% em relação ao plano anual e um decréscimo de 54,5% em relação ao período homologo”, aponta o relatório.
Segundo a Lusa, globalmente, o Governo moçambicano prevê no plano de produção do sector da indústria extrativa para o ano 2023 um crescimento de 23,1%, suportado pelo “aumento da produção de rubis, carvão, areias pesadas (ilmenite, zircão e rutilo), gás natural e de materiais de construção”.