Angola e Alemanha pretendem ver reforçadas, nos próximos tempos, as suas relações quer em trocas comerciais, quer na formação de quadros nacionais que possam responder os desafios, sobretudo, do sector tecnológico, segundo o embaixador alemão acreditado no país, Dirk Lölke.
O diplomata que está em fim de missão, disse à saída de uma audiência que lhe foi concedida nesta Quinta-feira, 22, em Luanda pelo Presidente da República, João Lourenço, que vários projectos vão reforçar e relançar a cooperação bilateral, entre os quais se destaca um virado à produção de hidrogênio verde, produto que a maior economia da Europa pretende importando em “quatidade considerável”.
O dipolmata disse ainda que o seu país pretende ser um parceiro tecnológico de referência para Angola, sector em que se disponibiliza para fornecer tecnologia e formar quadros angolanos. “O Ministério de Petróleo e Gás deu 30 bolsas para estudantes de geologia e mineralogia. Alemanha quer ser um parceiro tecnológico de Angola para fornecer tecnologia e formar angolanos neste domínio. Como sabem, as turbinas nas barragens hidroeléctricas do rio Kwanza são de produção alemã e isso vem num pacote em que se inclui também a formação”, referiu.
Por outro lado, Dirk Lölke fez saber que as trocas comerciais entre os dois países no ano passado atingiram um volume estimado de 120 milhões de euros, “abaixo do esperado”, e que a Covid-19 desacelerou o ritmo da cooperação bilateral, paralisando, por exemplo, projectos como o do metro de superfície de Luanda, que tem como parceiro técnico para a contrução a empresa alemã Siemens, e da barragem hidroeléctrica de Caculo Cabassa, na província do Cuanza Norte.
Angola e Alemanha, cujas relações remontam aos finais da década de 70 e início de 80, têm um memorando de entendimento sobre uma parceria estratégica para a ampliação e o aprofundamento da cooperação económica.