As dívidas aos fornecedores nacionais e internacionais contraídas pelo Grupo Zahara, dona da rede de hipermercados Kero, não serão assumidas pela empresas que vir a ganhar o concurso público de gestão e exploração do negócio, pelo que o passivo recairá a quem as contraiu, de acordo com o chairman do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE).
Sem avançar o montante em dívida, nem os nomes dos fornecedores aos quais o Grupo Zahara, agora detido em 90% pelo Estado, deverá reembolsar, Domingos Francisco esclarece que está não é a única dívida, indicando haver também passivo junto da banca comercial, que garante estar nesta altura em fase de reestruturação junto das instituições credoras.
Estes detalhes foram tornados públicos num encontro de auscultação promovido pelo IGAPE, para explicar aos empresários e investidores interessados sobre os procedimentos do concurso que deverá eleger quem fica com a gestão da rede de supermercados.
Quanto aos trabalhadores, o gestor garantiu que os 1.700 funcionários deverão manter os seus postos de trabalho. “As peças que vão sair do concurso público determina ainda que o próximo operador deverá ficar com os cerca de 1.700 trabalhadores actuais”, explica.
Ao fazer balanço do ‘património Kero’, Domingos Francisco assegurou que, actualmente, as lojas estão a funcionar, bem como os equipamentos de frio que diz estarem “completamente funcionais” e que será nestas condições que vão ser entregues ao futuro operador.
Recorde-se que, recentemente, foi tornado público por órgãos de comunicação social nacionais que vários grupos internacionais, entre os quais o francês Carrefour e o sul-africano Shoprite, mostraram-se interessados na gestão e exploração da rede Kero.
Constituído em 2007, com o lançamento da empresa Zahara Comércio, o grupo que detinha e geria o negócio tinha como principal objectivo a criação e desenvolvimento de uma cadeia de retalho alimentar a operar nos formatos de hipermercado e supermercado.