O primeiro-ministro português, António Costa, afirmou neste Domingo em São Tomé e Príncipe, ser intenção de Portugal consolidar e aumentar a cooperação bilateral com aquele país da África lusófona e falou das “consequências” futuras do acordo de mobilidade na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
António Costa, que se encontra em visita a São Tomé e Príncipe, acompanhado pelo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, e pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, reuniu com o seu homólogo Jorge Bom Jesus, tendo, no final do encontro, o primeiro-ministro português elogiado os resultados da cooperação bilateral, destacando as áreas da saúde e da defesa.
“Quero reafirmar ao senhor primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe todo o nosso empenho em prosseguir estes níveis de cooperação e, se possível, desenvolvê-los. A segurança no Golfo na Guiné é essencial para a segurança marítima internacional”, assinalou.
Costa evidenciou depois o passo dado ao nível da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) com a ratificação do acordo de mobilidade, “eliminando barreiras que as populações não compreendem”.
Ao nível da CPLP, o líder português destacou que Portugal foi dos três primeiros países a fazer com que o acordo de mobilidade entre em pleno vigor no próximo dia 01 de janeiro”. “Estamos a eliminar uma barreira que as nossas populações não percebem, não aceitam e que nenhum de nós tem interesse em continuar a manter”, sustentou António Costa.
O governante luso defendeu que as fronteiras entre os diferentes Estados-membros da CPLP têm de ser espaços de circulação, como se circula através da língua, da literatura, das ideias e dos contactos políticos ou económicos.
“Este é o melhor legado que podemos deixar às gerações futuras”, acentuou, dizendo que casos como o da concessão de vistos a estudantes de São Tomé e Príncipe “não se voltarão a verificar”.
No seu breve discurso, o primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe congratulou-se pela decisão de Portugal ratificar o acordo de mobilidade da CPLP, frisando que o seu país tem uma população jovem e que esta organização está a virar-se para as pessoas.
No plano bilateral, Jorge Bom Jesus pediu uma nova dinâmica na cooperação empresarial com Portugal e elogiou a recente assinatura do programa estratégico de cooperação em dezembro último.
Fonte: Lusa