O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, renovou esta Quinta-feira os apelos do Governo à máxima contenção por parte das autoridades moçambicanas e de todos os responsáveis políticos, de forma a contribuir para um clima de paz, de segurança e de diálogo inclusivo, que permita abordar as causas profundas das tensões políticas e sociais no país.
De acordo com um comunicado publicado no website site do Governo de Portugal e consultado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, Luís Montenegro confirma que manteve nesta Quinta-feira uma conversa telefónica com o Presidente eleito de Moçambique, Daniel Chapo.
A conversa, explicou o chefe do Governo português, permitiu reiterar as mensagens de forte preocupação do Governo português com o clima de violência e de tensão que se seguiu às eleições de 09 de Outubro, lamentando profundamente as perdas de vidas humanas.
“Foi abordada a necessidade de assegurar um cessar imediato da violência e de garantir a segurança da população e de todos os atores políticos, designadamente dos que foram candidatos a 09 deOutubro”, lê-se no documento.
Montenegro salientou ainda que a protecção da comunidade portuguesa residente em Moçambique é uma prioridade absoluta para o Governo português, que permanece ativo no apoio e na salvaguarda da segurança dos seus cidadãos.
O primeiro-ministro reiterou a disponibilidade do Governo português para trabalhar com as autoridades e com as restantes forças políticas e da sociedade civil, em todas as frentes, para ultrapassar as actuais dificuldades.
Recorde-se que o candidato presidencial e líder da oposição Venâncio Mondlane chegou, esta Quinta-feira de manhã, a Maputo, depois de mais de dois meses a liderar a contestação aos resultados das eleições gerais a partir do exterior.
Mondlane manifestou-se disponível para o diálogo e para negociar, mas acusou as autoridades de “uma espécie de genocídio silencioso”.