As primeiras empresas começam ainda este mês a operar no Parque Tecnológico de Cabo Verde, na Praia, considerado o “coração” da estratégia digital do país, cuja inauguração está prevista para o final deste ano, avançou o presidente do conselho de administração da infra-estrutura, Carlos Monteiro.
De acordo com o gestor, que descreveu o parque como “uma obra de grande envergadura para o país”, a infra-estrutura será uma zona franca “muito ambiciosa” para concorrer com outras zonas francas no mundo, como a Madeira, referindo que Cabo Verde vai ter uma zona franca para as tecnologias no TechPark.
Sem precisar nomes, Carlos Monteiro avançou que muitas empresas já manifestaram o interesse em laborar no local, e as primeiras mudam-se para essas instalações ainda este mês de Junho.
“E nós estamos a organizar para que isto seja possível e que tenhamos várias empresas do sector aqui a laborar no TechPark”, garantiu o responsável, notando que há vários espaços disponíveis, com o mínimo de 20 metros quadrados, para albergar pequenas empresas de até quatro pessoas, até 60 ou 100 metros quadrados ou mais.
Esta construção, sublinhou, enquadra-se “numa grande visão” do Governo de Cabo Verde, na senda da diversificação da economia, que é sustentada no turismo. “Será um investimento que terá muito retorno para Cabo Verde, porque almejamos daqui estar a preparar a nossa juventude para trabalhar neste sector promissor, tanto nos dias de hoje como no futuro”, perspectivou Carlos Monteiro, em entrevista à Lusa.
Seis anos depois do início das obras, o Parque Tecnológico já ganhou forma na zona de Achada Grande Frente, nas imediações do Aeroporto Internacional da Praia, “onde os trabalhadores estão a dar os últimos retoques”.