As relações entre Portugal e Angola parecem ir de vento em popa, depois de anos em que os casos “irritantes” – como os apelidou o Presidente João Lourenço – esfriaram a diplomacia entre os dois países. Na próxima segunda-feira, dia 5, o Primeiro-ministro António Costa aterra em Luanda para uma visita oficial que se prolonga até terça-feira, dia 6. Na bagagem, António Costa leva o reforço da cooperação económica, assim como, nos domínios da educação e cultura e vários acordos para assinar com os governantes angolanos. Do lado de Angola, o Chefe de Estado João Lourenço já assumiu que Portugal é bem-vindo.
Fonte oficial do gabinete do Primeiro-ministro português garantiu à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA que as relações entre Portugal e Angola atravessam um momento muito positivo, sendo que, é neste ambiente que se realiza a visita do Chefe do Governo àquele país lusófono.
De acordo com a mesma fonte, o reforço dos laços políticos, económicos e culturais entre os dois países é o objetivo central desta deslocação, destacando-se o empenho e ambição nacionais relativos à cooperação económica com Angola. Neste âmbito, realça ainda os esforços portugueses para contribuir para a diversificação da economia angolana, com aposta em novas áreas: água e energia, engenharia e construção, agroindústria, energia, turismo, indústria farmacêutica, educação ou o têxtil. E o reforço dos mecanismos de cooperação em várias áreas, nomeadamente, da educação e da cultura.
Quanto à agenda que serve de base a esta visita, o gabinete do Primeiro-ministro, detalha que, na manhã de segunda-feira, António Costa vai se reunir com o Presidente da República, João Lourenço. No final, e ainda antes de um almoço no Palácio Presidencial, serão assinados vários instrumentos jurídicos.
A mesma fonte detalha que serão assinados mais de uma dezena de instrumentos de cooperação bilateral dos quais se destacam: o Programa Estratégico de Cooperação (PEC) 2023-2027 e o reforço da linha de crédito Portugal-Angola, cujo montante passará de 1,5 mil milhões de euros para dois mil milhões de euros, tal como foi negociado, em Abril, pelo ministro das Finanças português, Fernando Medina.
Nestes dois dias de António Costa por terras angolanas estão também previstos contactos com representantes de mais de uma centena de empresas portuguesas que atuam em setores tão diversos como infraestruturas e construção, banca, sector financeiro, retalho, energia, agroalimentar, tecnologia e comunicações e serviços.
Depois de Angola, está previsto António Costa deslocar-se à África do Sul, onde estará no dia 7 de Junho, no âmbito do Programa das Comemorações do 10 de Junho junto da comunidade portuguesa residente neste país, juntamente com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.