A primeira central hidroeléctrica de bombagem em Cabo Verde, funcionando como reservatório de energia, deverá começar a funcionar até 2028, com uma potência equivalente a mais de um quarto da maior central (a combustível) da ilha de Santiago.
A central a instalar em Chão Gonçalves, no concelho da Ribeira Grande de Santiago, “terá uma potência máxima de 20 megawatts (MW) e um reservatório próximo dos 330 mil metros cúbicos de água”, avançou o director da Indústria, Comércio e Energia de Cabo Verde, Rito Évora, numa visita ao local de implantação do projeto, prevendo o início da produção até 2028.
A visita fez parte do programa da deslocação ao país da diretora Adjunta das Parcerias Internacionais da União Europeia (UE), Myriam Ferran, e do vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Ambroise Fayolle, representantes das entidades financiadoras do projecto, no âmbito da iniciativa Global Gateway.
Os acordos globais de financiamento foram assinados na quarta-feira, na Praia, com o Governo cabo-verdiano. A central, em particular, será apoiada em cerca de 60 milhões de euros e será a “principal peça da estratégia do país para atingir a meta de pelo menos 54% de penetração de renováveis em 2030”, referiu Rito Évora.
Actualmente, diz a Lusa, a maior central elétrica do país, no Palmarejo, Praia, ilha de Santiago, funciona a combustível e tem uma capacidade de 71 MW.