O Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Akinwumi Adesina, visitou neste Sábado, 23, na Nigéria, a refinaria de petróleo e complexo petroquímico de Dangote, descrevendo que os referidos projectos são “iniciativas revolucionárias” que estimularão o desenvolvimento do continente africano e aprofundarão a integração regional. Adesina disse ainda que o sector privado africano foi crucial para a execução da Área de Livre Comércio Continental Africana.
A refinaria de petróleo bruto greenfield, de 19,5 mil milhões de dólares, e a planta de produção petroquímica são propriedades da Dangote Industries Limited. Localizado na Zona Franca de Lekki, o complexo petroquímico de Dangote abrange uma área de aproximadamente 2.635 hectares.
A refinaria inclui uma fazenda de tanques de tratamento de água de 440 milhões de litros e um conjunto habitacional construído para 50.000 funcionários e suas famílias no local.
O presidente e executivo-chefe do Dangote Group, Aliko Dangote, considerou que a refinaria de petróleo – “que pode atender 100% das necessidades da Nigéria de produtos refinados, da com excedente para exportação” – é a maior de trem único do mundo, com uma capacidade para processar 650.000 barris de petróleo bruto por dia.
Estima-se que a Nigéria, que actualmente gasta aproximadamente 50 mil milhões de dólares por ano com a importação de produtos petrolíferos, deixe de os importar na totalidade até 2023.
Recorde-se que, em 2014, o conselho do Banco Africano de Desenvolvimento aprovou um empréstimo de 300 milhões de dólares à Dangote Industries Limited para apoiar a construção e operação da refinaria de petróleo bruto e da fábrica de fertilizantes greenfield.
“O grupo Dangote é um “acelerador de crescimento em África… Estou completamente impressionado com a magnitude do que vejo aqui. Este é um complexo industrial de classe mundial que deixará a Nigéria e a África orgulhosas. Nós do BAD estamos orgulhosos deste projecto. Todo país africano precisa ter um Aliko Dangote para ajudar o continente a se industrializar”, referiu Akinwumi Adesina.
O líder do Banco Africano de Desenvolvimento acrescentou que “o sucesso” da Dangote demonstra que os governos devem priorizar a industrialização. “Devemos continuar a apoiar o sector privado, considerando o valor que eles trazem”, defendeu Adesina.
Os projectos de refinaria de petróleo e plantas petroquímicas são exemplos da estratégia do Banco Africano de Desenvolvimento para promover a industrialização, através de uma melhor transformação de recursos naturais e exportações, bem como apoio para acelerar o empreendedorismo indígena africano.
Akinwumi Adesina garantiu que a instituição que dirige continuará a trabalhar com o Grupo Dangote para fazer mais pelo continente africano. “A estratégia de industrialização do Banco inclui identificar e apoiar campeões regionais africanos, como o Grupo Dangote”, finalizou.