A Presidência da República São Tome e Príncipe negou o envolvimento do chefe de Estado na assinatura do contrato de gestão do porto entre o Governo e empresa francesa Africa Global Logistic, contrariando o texto do acordo contestado pelos trabalhadores.
Numa nota publicada no Facebook, a Presidência da República nega o envolvimento de Carlos Vila Nova no acordo, sublinhando que “tratando-se de uma matéria da exclusiva competência do Governo, o Presidente da República não teve e não tem qualquer tipo de intervenção no caso”.
O texto do alegado acordo refere que o Presidente da República, Carlos Vila Nova, o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, e a Enaport “reconhecem a necessidade de modernizar e gerir o porto e identificaram o operador, a empresa francesa AGL, como o melhor candidato para realizar o projecto”.
Na nota, a Presidência da República acrescenta que “solicitou ao Governo o envio de uma cópia do referido contrato ao gabinete do chefe de Estado”.
Em comunicado do Conselho de Ministros, citado pela Lusa, o Governo refere que, após ouvir o ministro de Infra-estruturas, Recursos Naturais e Meio Ambiente “sobre os meandros da proposta do contrato e o clima gerado a volta do mesmo, decidiu continuar a aprofundar o documento de modo a refletir de maneira mais abrangente e clara os interesses e requisitos do Estado são-tomense, antes de prosseguir para avaliação e possível visto do Tribunal de Contas”.