Em conferência de imprensa, a Forbes África Lusófona apresentou a primeira edição dos Prémios Responsabilidade Social, no Hotel Intercontinental, espaço onde decorrerá a 21 de Abril a cerimónia de entrega.
José Carlos Lourenço, CEO do grupo de media que detém a Forbes África Lusófona explicou aos jornalistas que os prémios atribuídos às empresas vencedoras das várias categorias serão de reconhecimento, seja para os seus accionistas, como para os seus colaboradores, “a fim de lhes incentivar a se empenharem cada vez mais naquilo que são os aspectos que estão a ser avaliados”.
“Existem empresas que também gostavam de dar esse passo, acreditamos que com essa divulgação e partilha alargada, utilizando os meios de comunicação social, poderemos alcançar os objectivos traçados”, afirmou ao justificar o propósito da conferência de imprensa.
De acordo com o gestor, o grupo que dirige tem uma boa interpretação do que é fazer o trabalho, no contexto da responsabilidade social. Para além da particularidade da lusofonia, disse, há várias áreas que no contexto lusófono fazem muito sentido e, por isso, “desde o início o grupo declarou temas como a sustentabilidade energética, a transição digital, a economia azul e os projectos de impacto e de responsabilidade social, que são fundamentais na actuação da instituição e de cada uma das suas marcas de informação”.
Sobre os prémios em si, Nilza Rodrigues, directora da Forbes, esclareceu sobre a missão e a importância do investimento de impacto nos dias que correm, alertando que “as empresas nomeadas têm o seu compromisso com ESG, umas mais ligadas com o ambiente e muito apostadas em fazer uma economia circular, outras mais comprometidas com as pessoas, não só dentro das empresas, mas com a sociedade e sem deixar de lado as empresas comprometidas com o governance, que reflecte a ética e transparência empresarial”.
Acrescentou que a Kymica Humana, consultora parceira do evento, “fez uma prospecção de mercado e vários contactos”, para que as empresas pudessem responder ao apelo e “obrigatoriamente” apresentarem os seus relatórios de responsabilidade social.
Nilza Rodrigues fez saber ainda que durante o processo que dura já sensivelmente dois meses, foram recepcionadas 50 candidaturas, das quais 20 seleccionadas pelo conselho editorial criado pela Forbes, que elegeu três empresas para cada uma das sete categorias dos prémios, ressaltando que “agora caberá ao júri tomar a decisão final”.
Em representação da empresa Kymica Humana, Ágata Russell esclareceu que na avaliação das candidaturas aos prémios, um aspecto que mereceu atenção especial foi a distinção entre filantropia empresarial e responsabilidade social, que, como disse, tem gerado alguma confusão. “Existem muitas empresas a passarem a caneta no cheque e a borracha na consciência”, alegou.
Entretanto, Ágata reconheceu existirem empresas a actuarem na causa e não na consequência. Para a consultora, só agindo assim se estará a fazer responsabilidade social e a investir no social.
Em jeito de reconhecimento da iniciativa da Forbes África Lusófona, Ágata Russel realçou a importância de se dar voz a quem está a fazer bem, sublinhando que “quando se fala em responsabilidade social, fala-se em investir na sociedade”. “O nosso parecer técnico foi entregue a outra área, a de jurados, de modo a garantir que não haja interesses no meio dos critérios de avaliação e que o processo seja bastante transparente”, rematou a especialista.