Depois de Greta Thunberg ter vencido a primeira edição do Prémio Gulbenkian, o júri atribuiu à Global Covenant of Mayors for Climate & Energy – GCoM, a maior aliança global para a liderança climática das cidades, o galardão deste ano.
Constituída por mais de 10 600 cidades e governos locais de 140 países, o organismo vai receber 1 milhão de euros para financiar projectos de grande dimensão em cinco cidades no Senegal (fornecimento de água potável) e numa cidade nos Camarões (desenvolvimento de soluções de eficiência energética). Estes projectos, de elevada ambição climática, foram identificados pela Fundação Gulbenkian e serão concretizados em estreita colaboração com o Pacto de Autarcas Regional na África Subsariana, a Cooperação Internacional Alemã e o Banco Europeu de Investimento.
Para o júri esta distinção “não podia ser mais oportuna e apropriada, já que mais de metade da população mundial vive em áreas urbanas, sendo as cidades responsáveis por mais de 70% das emissões globais de CO2.” Salientando “o papel determinante dos municípios para lutar eficazmente contra as mudanças climáticas e o alcance global desta organização”, o júri frisou o facto de o montante do Prémio “se destinar a apoiar a sua acção concreta na criação de cidades descarbonizadas e resilientes, com um foco especial em dois projectos em África”.
Isabel Mota, presidente da Fundação Gulbenkian, considera que “o Prémio vai, seguramente, alavancar as ambições climáticas e os planos de acção de diversas cidades africanas em zonas vulneráveis e que necessitam de toda a atenção.”