Os empresários moçambicanos estimaram nesta Quinta-feira em 500 milhões de meticais (7,5 milhões de euros) em prejuízos no turismo, com cancelamento de reservas turísticas devido aos protestos pós-eleitorais.
“Estima-se em aproximadamente 500 milhões de meticais (7,5 milhões de euros) devido a estarem a ocorrer em plena época alta do turismo em Moçambique, que é verão e época festiva”, disse o responsável pelo pelouro da Hotelaria, Restauração e Turismo da Confederação das Associações Económicas (CTA), Muhammad Abdullah.
A causa apontada são as manifestações e paralisações, convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados das eleições gerais de 09 de Outubro anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), que atribuiu a vitória ao Daniel Chapo, candidato suportado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, que ainda têm de ser validados pelo Conselho Constitucional até 23 de Dezembro.
Muhammad Abdullah, citado pela Lusa, referiu que os impactos das manifestações e paralisações no sector do turismo se fazem sentir em todas as províncias do país, destacando cancelamento de reservas sobretudo em Maputo, onde há estabelecimentos que encerraram.
“Ainda não existem dados referentes ao número de desempregos causados por esta crise e, muito sinceramente, temos esperança que a situação seja resolvida rapidamente para que não se tenha que chegar a esses termos”, disse o responsável do setor privado moçambicano, alertando para a repercussão negativa da imagem do país no estrangeiro.