O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, exigiu combate à corrupção, transparência e boa governação, após dar posso ao novo executivo, a quem pediu integridade e criatividade para resolver os problemas dos moçambicanos.
“A corrupção é uma doença que corrói o tecido do Estado e do povo, pelo que exortamos que estejam na linha da frente no combate ao uso abusivo de bens públicos; dos funcionários fantasmas, dos concursos simulados para favorecer amigos, famílias, colegas; dos cartéis que enriquem à custa do povo”, apelou Daniel Chapo.
No seu discurso após a posse, o Presidente moçambicano pediu ao novo Governo uma atuação que concorra para a “harmonia social”, apelando ao diálogo na busca de soluções visando o desenvolvimento do país.
“Queremos que sejam governantes íntegros, dinâmicos, criativos, que pautem pela vossa meritocracia, para que o vosso trabalho vá ao encontro do clamor do povo (…) Tenham sempre em mente que o tempo de letargia, de burocracia exacerbada, do amiguismo, do nepotismo, do clientelismo, do lambibotismo, da corrupção e outros males deve ser morto”, apelou o chefe de Estado.
Daniel Chapo pediu ao novo executivo ações para a construção de uma independência económica do país e apelou para que nos primeiros cem dias priorize “acções que vão fazer diferença na vida do povo moçambicano” e não nas dos governantes.
“Temos que assegurar um Estado que funcione à vista de todos, com transparência e boa governação, publicando relatórios claros e transparentes sobre os lucros, despesas, dívidas e até situações de conflitos de interesse; acelerar os serviços de digitalização do Estado, tornando-os mais acessíveis, rápidos e seguros e reduzindo custos”, defendeu o Presidente moçambicano.
Chapo lembrou aos membros do Governo que tomam posse num período em que Moçambique atravessa “grandes turbulências”, apontando as manifestações pós-eleitorais, a polarização política e os ciclones que assolaram sobretudo o norte do país, o terrorismo na província de Cabo Delgado.
“A paisagem política económica e social que atravessamos não é das melhores, exigindo de todos nós uma forma diferente de abordar a governação para obtermos resultados diferentes que o nosso povo espera”, apontou, indicando que a acção dos novos governantes deve reverter a tendência da deterioração das condições de vida, devolvendo as esperanças a um país que se quer de justiça social.
Após a tomada de posse dos novos ministros, Daniel Chapo presidiu a I Sessão do Conselho de Ministros de Moçambique.
Chapo, diz a Lusa, nomeou na Sexta-feira a antiga juíza e ministra da Justiça Maria Benvinda Levi para o cargo de primeira-ministra, continuando no novo Governo nas mesmas funções apenas o ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume.