Após 30 anos de ausência como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, Cabo Verde é chamado pelo seu Presidente, a voltar a tentar o lugar. José Maria Neves pediu também reforma do Conselho de Segurança da ONU, com representatividade para África.
Este desiderato surge após a saída do país daquele organismo de segurança mundial, em 1992, com o recém-empossado presidente do arquipélago a querer que os cabo-verdianos voltem a sentar e discutir, ao mesmo pé de igualdade, com as restantes forças de segurança do planeta.
“Neste particular, não seria já tempo de Cabo Verde, perto de 30 anos depois, voltar a pleitear por um mandato como membro não permanente do Conselho de Segurança? Seria uma forma de aumentar a visibilidade externa do país, o seu prestígio e utilidade na arena internacional”, disse José Maria Neves, no discurso de abertura da Conferência Anual de Política Externa.
Na abertura, o chefe de Estado enfatizou que uma “importância particular deve continuar a ser dispensada à revitalização” da Organização das Nações Unidas (ONU), “designadamente, no que à reforma do Conselho de Segurança diz respeito”.
“Essa revitalização passa pela necessidade de uma reforma do Conselho de Segurança, que possa conferir uma maior abrangência dos Estados-membros na tomada de decisões atinentes à paz e segurança internacionais”, defendeu.
José Maria Neves refere que “é chegada a hora de o Conselho de Segurança ser mais representativo e alargado, reservando a África o direito a assentos permanentes. O nosso continente dispõe de recursos, talentos e imaginação para ser um dos mais importantes actores políticos e económicos deste século 21”, afirmou o presidente cabo-verdiano.