O Presidente da República de Angola, João Lourenço, afirmou nesta Terça-feira, 29, em Luanda, que o novo modelo de governação no sector do petróleo conferiu maior transparência e competitividade, tornando-se mais atractivo para captação de investimento nacional e estrangeiro, que permitiram, “apesar das adversidades como a pandemia da Covid-19”, manter a produção nacional do petróleo acima de um milhão e 100 mil barris de petróleo por dia, nos últimos cinco anos.
Ao discursar na abertura da 3ª edição da Conferência Exposição Angola Oil e Gás 2022, promovida pela Energy Capital Power, João Lourenço disse que desde o início do seu primeiro mandato, o Governo tem trabalhado “incansavelmente” para estabelecer um ambiente regulatório atraente e competitivo, estabelecendo políticas e regimes fiscais orientados para o mercado, a fim de garantir o crescimento da actividade petrolífera no país.
Segundo destacou o Presidente, Angola aspira ser um produtor de hidrocarboneto globalmente competitivo, contribuindo para a segurança energética a nível mundial, começando por aliviar a pobreza energética em África, enquanto se estabilizam os mercados globais.
Para garantir o aumento da produção petrolífera nos próximos anos, fez saber, o seu Executivo definiu importantes medidas, como a estratégia de licitação de novas concessões petrolíferas para o período 2019-2025, que visa a adjudicação de pelo menos 50 novos blocos, dos quais 20 já adjudicados.
“Estão a ser implementados projectos estruturantes de gás natural, com realce para o novo consórcio de gás, cujo objectivo principal é garantir o fornecimento contínuo à fábrica da Angola LNG, central térmica do ciclo combinado do Soyo e sustentar a implementação de outros projectos industriais, como petroquímica, fábrica de fertilizantes e siderurgia”, realçou.
Ainda durante o seu discurso, o líder angolano anunciou estar em conclusão um plano directório de gás natural, que vai definir as bases para alcançar o potencial de recursos de gás natural de Angola, num horizonte temporal de cerca de 30 anos, “de modo a garantir a criação de emprego e a geração de receitas para o Estado”.
Por outro lado, João Lourenço assegurou que irá trabalhar com os seus parceiros na descarbonização da indústria petrolífera, na redução de emissões de gases poluentes e noutras técnicas mais recentes, como a captura e armazenamento do carbono a profundidades seguras no oceano.
O chefe do governo angolano referiu que os intervenientes nas actividades de prospecção, exploração e produção de petróleo e gás foram orientados a adoptarem medidas de mitigação e compensação das imissões de gás de efeitos estufas, entre as quais destacam-se a eliminação ou diminuição da queima do gás e a adopção de equipamentos operacionais menos poluentes.
“Angola está aberta ao investimento nacional e estrangeiro, propondo condições contratuais justas e investimentos para tirar o máximo partido do desenvolvimento dos nossos recursos petrolíferos e do desenvolvimento de tecnologias de energias renováveis para garantir o desenvolvimento socio-económico de Angola, bem como o retorno dos investimentos efectuados”, apelou.