O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, garantiu, há dias, que vai agendar, brevemente, as eleições, sem, no entanto, avançar datas concretas ou indicativas, nem especificar se serão legislativas ou presidências.
Umaro Sissoco Embaló, que falava à imprensa à saída de uma sessão do Conselho de Ministro, considerou, por outro lado, “normal”, a demissão de alguns membros do Governo, após receberem orientações dos seus respectivos partidos para abandonarem os cargos.
“Os ministros demissionários serão substituídos de acordo com a proposta do primeiro-ministro, Rui Duarte Barros, que está a trabalhar nisso”, referiu o líder guineense.
O Presidente da República da Guiné-Bissau afirmou que, enquanto desempenhar o cargo de Chefe de Estado, “não haverá desordem que possa criar instabilidade política e social no país”.
Recorde-se que, recentemente, o Partido Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU – PDGB) do ex-primeiro-ministro, Nuno Nabiam, anunciou ter retirado a confiança política ao Presidente Umaro Sissoco Embaló, a quem exigiu a marcação de eleições presidenciais ainda este ano.
Na sequência, Embaló ordenou e foi materializada a retirada dos efectivos que garantem a segurança de entidades políticas com assento parlamentar, estando entre o visados, além de Nuno Gomes Nabian, Fernando Dias, presidente interino do PRS e deputado, bem como Braima Camará, coordenador do MADEM-G15, líder da oposição e deputado.
A medida, que surge depois de uma declaração do Nuno Gomes Nabiam num evento do PRS – onde chamou a atenção ao poder judicial para que “não se deixassem manipular pelo Presidente Umaro Embaló, sob pena de culminar numa guerra civil” – viola o Regimento da Assembleia Nacional Popular do país, à luz do qual “todos os deputados da Nação devem usufruir de segurança pessoal e porte de arma”.