O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu Sexta-feira, 25 de Agosto, em Luanda, o compromisso de criar uma campanha contra a desigualdade a nível mundial, com maior realce ao tratamento que a mulher recebe na sociedade.
Lula da Silva, que falava no terceiro momento da sua visita oficial a Angola, garantiu que a desigualdade de raça, género, idade, qualidade de educação, saúde bem como salarial, serão as causas abraçadas pela sua campanha destacando que “quem tem uma causa não pode parar de lutar”.
O estadista brasileiro disse que se não “se conseguir criar uma consciência de que o mundo tem conhecimento científico, tecnológico, genético e, que produz alimentos para assegurar e sustentar quantos biliões de seres humanos devem ser, não tem sentido a quantidade de crianças que não têm nenhum copo de leite para tomar e não é porque não tem leite, não é porque não tem comida, é porque não tem dinheiro porque a concentração de riqueza tem aumentado a cada dia que passa”. “Por mais que a gente lute, a concentração de riqueza tem aumentado, cada vez mais, 1% tem mais riqueza e cada vez mais os 50% mais pobres estão ainda mais pobres”, acrescentou.
Lula da Silva foi condecorado pelo Presidente angolano com a Grande Ordem Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola e igualmente distinguiu o seu homólogo, João Lourenço, com o Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.
“Espero que com essa honraria e essa medalha no peito, quem sabe alimentado pela inteligência, pelo pensamento revolucionário de Agostinho Neto, eu possa conseguir um intento de convencer a humanidade a se indignar contra as dificuldades”, referiu o Presidente brasileiro, avançando que “essa luta já conversei com o Papa Francisco, já fui ao conselho mundial das igrejas e esta é uma luta que eu acho que só vamos ganhar se colocarmos como prioridade nas nossas vidas, em cada discurso e em cada acção nossa”.