O Presidente angolano, João Lourenço, inaugurou nesta Quarta-feira, em Luanda, o Centro de Ciência de Luanda (CCL), um espaço de aprendizagem e entretenimento de todas as faixas etárias, criado com o objectivo de elevar a cultura científica da sociedade, por via da popularização do conhecimento científico e tecnológico.
Localizado na antiga Fábrica de Sabão, no Largo do Baleizão, o Centro de Ciência de Luanda, cuja obras estão avaliadas em 10 milhões de kwanzas, integra várias exposições interactivas, um planetário e um auditório com uma tela gigante para a projecção de filmes e documentários com efeitos especiais.
No final da inauguração, João Lourenço defendeu a necessidade de se assegurar verbas e de preparar pessoal capacitado para manter estas instalações a funcionar permanentemente.
“Concluir projectos é muito importante, mas, talvez, mais importante do que isso é garantir a sua continuidade com a qualidade que é requerida. O investimento que está aqui feito é grande. Portanto, não podemos descurar a necessidade da sua manutenção”, disse.
No arranque desta obra, segundo lembrou o chefe de Estado, ela foi concebida para ser um museu, mas que no seu percurso, foi transformada em Centro Tecnológico Interactivo.
“Os museus são mais estáticos, podemos assim dizer. A ligação entre o visitante e o museu é quase que exclusivamente pelo olhar, o ouvir a explicação, enquanto um centro de ciência é mais interactivo. O visitante, o utente do centro, tem a possibilidade de participar mais nos processos que ele vai encontrar. Por exemplo, na parte referente à produção de sabão, o aluno, o estudante, o jovem, o cidadão que visitar o centro, acabará por ser parte do processo de fabrico da pequena barra de sabão”, acrescentou João Lourenço.
De acordo ainda com o Presidente angolano, o centro acaba por ser mais educativo, no sentido de começar logo a envolver a parte prática. “O museu é mais teoria, explicação. No centro, o utente acaba por começar a ter uma certa prática”, justificou.
Após a inauguração, o CCL vai implementar uma fase de promoção das qualidades e do pleno funcionamento. Neste sentido, durante cinco semanas, algumas instituições convidadas vão visitar, gratuitamente, as exposições do Centro de Ciência de Luanda, em grupos de até 30 pessoas.
A recepção dos grupos, previamente convidados e sujeitos a um agendamento, deverá ocorrer durante todo o primeiro mês de 2024. A partir de Fevereiro do próximo ano, o Centro de Ciência de Luanda iniciará o regime normal de funcionamento, com acesso às exposições e demais atracções mediante a compra de bilhetes.
As obras de construção do Centro de Ciência de Luanda iniciaram em 2012 e tiveram duas fases. A primeira arrancou no quadro de uma linha de financiamento, mas surgiram diversos problemas relacionados com a fonte de financiamento, situação que se agravou com a crise económica, levando à suspensão dos trabalhos entre 2014 e 2018.