O Presidente angolano destacou este Sábado,11, em Kampala, a importância vital da mecanização agrícola, a aceleração da implementação de sistemas de produção e certificação de sementes nos países que ainda não os possuem.
João Lourenço falava na abertura da cimeira extraordinária da União Africana dedicada ao Desenvolvimento Agrícola de África.
O chefe de Estado destacou a melhoria das infra-estruturas rurais e o desenvolvimento de sistemas de irrigação, para que todos estes factores, no seu conjunto, concorram para a promoção de uma agricultura moderna, com altos níveis de produtividade, competitiva e com capacidade de exportação para mercados externos.
João Lourenço exortou a Comissão da União Africana a encontrar os mecanismos para a implementação bem-sucedida destes instrumentos estratégicos ao longo dos próximos dez anos, bem como a trabalhar em estreita colaboração com os Estados-Membros para os integrar nos planos nacionais de investimento agrícola, colocando todos os meios de que dispõem para impulsionar a agricultura dos próximos dez anos, bem como a trabalhar em estreita colaboração com os Estados-Membros para os integrar nos planos nacionais de investimento agrícola, colocando todos os meios de que dispõem para impulsionar a agricultura.
“Apelamos para a necessidade de honrarmos o compromisso assumido na Declaração de Malabo, de afectarmos pelo menos 10% dos orçamentos nacionais à agricultura, mesmo sabendo dos condicionalismos de natureza financeira que todos enfrentamos”, disse.
O Presidente recordou que o Plano de Acção que compõe o Programa Integrado para o Desenvolvimento da Agricultura em África assenta em seis pilares estratégicos que consistem em promover a produção alimentar, a agroindústria e o comércio durável, estimular o investimento e o financiamento da transformação, garantir a segurança alimentar e nutricional para todos, promover a inclusão e os meios de subsistência equitativo, construir sistemas agroalimentares resilientes e reforçar a governação dos sistemas agroalimentares.
“Somos todos convidados a defendê-los com determinação e convicção, porque constituem um roteiro que nos conduzirá de certeza a bons resultados, tendo em conta a necessidade de os adaptar aos nossos contextos nacionais específicos”, expressou.
Este programa, prosseguiu, deve constituir a base de atracção dos investimentos para a agricultura, para a produção de adubos e fertilizantes, de vacinas, de tratores e alfaias agrícolas e de outros insumos, “de forma a desenvolvermos uma agricultura que nos garanta a autossuficiência e segurança alimentar”.
Os fertilizantes, segundo João Lourenço, têm um peso considerável na produtividade agrícola, estando, por este facto, explicitamente plasmado na Declaração de Nairobi sobre Fertilizantes e Saúde do Solo e o respectivo Plano de Acção Decenal, requerendo de todos uma atenção muito especial, para melhoria do desempenho do sector agrícola africano.