O Presidente da República de Angola, João Lourenço, destacou nesta Segunda-feira, 12, a importância das redes de banda larga como ferramenta fundamental de garantia para os cidadãos no acesso aos serviços da chamada “sociedade de informação”.
João Lourenço, que discursava na abertura da Angotic, Fórum Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação 2023, lembrou que os serviços da sociedade de informação passam desde a telemedicina, ensino a distância, governação electrónica e outros [serviços] associados, que contribuem para a melhoria dos indicadores de saúde, educação, inclusão social, segurança alimentar, igualdade do género, bem como para o combate à fome e a pobreza, garantindo desta forma o desenvolvimento sustentável do país.
“Partilhamos a visão da União Internacional de Telecomunicações, da qual somos Estado-membro, que no seu último relatório sobre os custos de acesso aos serviços das telecomunicações e tecnologias de informação e comunicação de 2022, coloca o nosso país entre os que estão próximo de atingir as metas estabelecidas globalmente sobre a inclusão digital”, afirmou.
Para o efeito, avança o chefe de Estado angolano, muito terão contribuído os esforços empreendidos para o caminho das infra-estruturas, conectividade e inclusão digital, que é um dos eixos da acção que o Executivo estabeleceu no Livro Branco das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação 2019-2020.
De acordo com o líder angolano, o sector das telecomunicações do país “continua em franco crescimento”, tendo realçando a colocação em órbita do satélite Angosat 2, ligações terrestres e submarinas em fibra óptica para Cabinda, construção de um satélite de observação da terra, expansão da banda larga em fibra ótica e participação no consórcio internacional do cabo submarino de fibra óptica “2 Africa”.
“Do ponto de vista do crescimento das redes e de subscritores de telefonia móvel e de internet e tendo como referência o período que vai de 2021 até o primeiro trimestre do corrente ano, registou-se um crescimento de 55% dos serviços de telefonia móvel, uma taxa de penetração de 71% o que representa um crescimento de 49,5%, uma taxa de crescimento do acesso a internet de cerca de 20%”, apontou o chefe do governo angolano.
No que tem que ver com a garantia da segurança das redes e serviços de telecomunicações e de tecnologias de informação, com vista a defesa dos seus utilizadores e serviços, o Presidente fez saber que se deu início a um programa que culminará com a instalação em Angola de uma academia de cibersegurança, bem como a criação de condições regulamentares no uso das redes de cibersegurança.
João Lourenço destacou ainda as plataformas digitais, como “importantes ferramentas de trabalho e comunicação”, mas alerta que também podem ser usadas para fins maléficos e até criminosos, com o objectivo de “denegrir o bom nome e honra das organizações e instituições”, servindo o crime organizado.
“O problema não está nas plataformas digitais, nas tecnologias, nos softwares e aplicativos. está no bom ou mau uso de dado pelos utilizadores que devem ser educados desde tenra idade que é uma ferramenta feita para produzir a riqueza e o saber, construir a paz e a concórdia”, defendeu.
O líder lamentou o facto de as plataformas digitais “estarem a ser usadas para destruir, dividir, semear a discórdia e criar o caos”.