Um discurso do Presidente angolano, João Manuel Gonçalves Lourenço, marcará nesta Segunda-feira, 16 de Maio, a abertura do 8º Congresso e Exposição de Petróleo Africano, CAPE VIII, que decorrerá até ao próximo dia 19, sobre o tema “Transição Energética: Desafios e Oportunidades na Indústria Africana de Petróleo e Gás”, indica uma nota de imprensa da organização do evento, enviada à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.
De acordo com o documento, “num importante discurso”, João Lourenço aproveitará a oportunidade para elucidar sobre a preocupação de Angola e dos países africanos produtores de petróleo e gás, face ao actual esforço para limitar os investimentos no sector por causa dos efeitos das mudanças climáticas.
O congresso, organizado pela Organização Africana dos Produtores de Petróleo (OAPP), pelo Governo da República de Angola (que se estreia) e pela AME Trade Lda., com o Apoio do Ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, bem como Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) do país, reservou o primeiro dia para a cerimónia de abertura, somente para Convidados, reunindo actores de alto nível dos sectores público e privado dos países produtores de petróleo africanos e a nível global, devendo continuar com reuniões fechadas que serão lideradas pela OAPP – Organização Africana dos Produtores de Petróleo.
O segundo dia do CAPE VIII vai continuar com a abertura da Exposição & Painéis de Alto Nível durante o congresso.
O país anfitrião, Angola, detém a actual presidência da OAPP e acolhe a CAPE pela primeira vez. Apoiada por recursos significativos de petróleo e gás, por regulamentação baseada no mercado e pela força motriz por trás de uma transição energética focada em África, Angola continua a fazer progressos significativos na melhoria do seu desempenhocontínuo, e no acesso à energia e segurança em África, lê-se na nota.
“Sob a liderança do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleo, da Empresa Nacional de Petróleo e Gás (CNP), Sonangol, e o regulador nacional, a AdministraçãoNacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), o país está a promover o investimento e o desenvolvimento em muitos aspectos da área da energia. Até 2022, e graças aos desenvolvimentos a montante, e a um impulso de gás natural e a eventos energéticos de grande escala, Angola está pronta para entrar numa nova era de sucesso nos hidrocarbonetos, sendo um modelo para outros países em África ricos em recursos”, acrescenta o documento.
A organização refere que o congresso CAPE VIII será a plataforma ideal para os principais produtores de petróleo e gás da África enfrentarem os desafios acima mencionados, e gerarem soluções para maximizar os seus recursos de petróleo e gás. Em meio ao esforço das economias desenvolvidas em direcção à descarbonização e políticas net-zero, as partes interessadas em energia terão a oportunidade de reforçar a questão de cadeias de suprimentos regionais integradas e reunir recursos para alavancar o poder catalítico dos hidrocarbonetos de maneira sustentável.
A principal característica do CAPE VIII é o Painel de Alto Nível que discutirá os desenvolvimentos actuais na indústria global de petróleo e gás, destacando as oportunidades e desafios que eles apresentam aos produtores africanos de petróleo e gás.
O congresso apresentará a visão profunda de uma selecção de palestrantes famosos, que moldarão o futuro cenário da energia em África e além, graças ao apoio de inúmeras multinacionais em toda a cadeia de valor de energia e empresas petrolíferas nacionais.
O painel [de alto nível] será moderado por Diamantino Pedro Azevedo, Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, de Angola, e actual Presidente da OAPP, contando com a participação de Gabriel Obiang Lima, Ministro de Minas e Hidrocarbonetos, República da Guiné Equatorial; Budimbu Ntubuanga, Ministro de Hidrocarbonetos, República Democrática do Congo; Sua Excelência Bruno Jean Richard Itoua, Ministro de Hidrocarbonetos, Congo e Paulino Jerónimo, CEO da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis de Angola.
São várias as companhias petrolíferas nacionais confirmadas no CAPE VIII incluem, designadamente a Sonangol (Angola), SNH (Camarões), SHT (Chade), Petroci (Costa do Marfim), SNPC (Congo), NNPC (Nigéria), Sonidep (Níger) e a GNPC do Gana. O CAPE VIII é patrocinado pelos principais actores de petróleo e gás do continente, incluindo a Sonangol, NNPC, Total Energies, SNPC, ExxonMobil, NNPC, Chevron, Afreximbank, SONIDEP, Equinor, Trafigura, SINOPEC, SNH, Somoil, African Energy Week, Brimont, Shearwater, MirandaAlliance, Morais Leitão e Agrinsul.