O Primeiro-ministro de Portugal, António Costa, anunciou hoje, em Luanda, que Angola vai receber 500 milhões de euros para projectos e acções, no âmbito do Programa Estratégico de Cooperação (PEC) 2023-2027, o que representa um aumento de 42,8% face ao programa anterior.
António Costa avançou também que o seu pais vai disponibilizar 700 milhões de euros sob a forma de empréstimos linhas de credito.
“O novo Programa Estratégico de Cooperação continuará a privilegiar as áreas tradicionais de cooperação portuguesa, em particular a educação, mas também a área da justiça ou da questão interna”, garantiu o governante português.
Mas, segundo enfatizou António Costa, Portugal dará prioridade às áreas que apoiam os objectivos da diversificação económica de Angola, por isso, considera ser um programa mais alargado e que permitirá corresponder às solicitações da República de Angola.
Assinatura de novos acordos de cooperação bilateral
Os governos de Angola e de Portugal assinaram hoje 13 acordos de cooperação bilateral, sobretudo nos domínios económico e financeiro, numa cerimónia presidida pelo chefe de Estado angolano, João Lourenço, e pelo Primeiro-ministro português, António Costa.
Os acordos mais importantes, pela parte portuguesa, foram assinados pelos ministros das Finanças, Fernando Medina, e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, respectivamente: Um aumento da linha de crédito empresarial de 1,5 mil milhões de euros para dois mil milhões de euros; e o Programa Estratégico de Cooperação (PEC) 2023/2027.
Os acordos abrangeram um acordo entre os portos de Sines e Algarve e a Sociedade de Desenvolvimento da Barra do Dande e, entre outros domínios, a formação e apoio laboratorial para a segurança alimentar — um memorando que envolve a investigação criminal neste domínio.
Em conferência de imprensa, o Primeiro-ministro português referiu que se chegou ao número de 13 acordos, porque nos últimos dias a Caixa Geral de Depósitos fechou três contratos de financiamento.