O Governo português enviou hoje cerca de 16 toneladas de material eleitoral para a Guiné-Bissau, destinado à realização das eleições legislativas do próximo dia 04 de Junho. De acordo com o Governo português, este apoio representa um investimento global de 290 mil euros.
Ainda no quadro deste apoio ao processo eleitoral, Portugal juntará uma contribuição adicional de 250 mil euros. Ambas as contribuições enquadram-se nos esforços internacionais que têm vindo a ser realizados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros português a que FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, pode ler-se que a disponibilização deste material é feita ao abrigo da Cooperação Eleitoral entre Portugal e a Guiné-Bissau, sendo que o transporte é assegurado por voo civil também suportado pelo Estado Português.
A mesma nota detalha que o contributo português inclui boletins de voto, actas constitutivas e de apuramento, folhas de descarga de votos, lista de votantes, minutas de protestos e reclamações, entre outro material necessário às eleições, que serão entregues às autoridades guineenses pelo embaixador de Portugal em Bissau, José Rui Velez Caroço.
“No final de 2022, a pedido das autoridades guineenses, Portugal enviou um montante extraordinário de cinco milhões de euros para Orçamento Geral do Estado da Guiné-Bissau, para fazer face ao agravamento da conjuntura económica e financeira internacional, visando reforçar o apoio da cooperação portuguesa às áreas da educação e da saúde, bem como do robustecimento da democracia, designadamente através do apoio à realização de processos eleitorais”, refere o mesmo comunicado.
O Governo português sublinha ainda que reconhece a importância das eleições legislativas do próximo dia 04 de Junho na Guiné-Bissau para a vida política e para o desenvolvimento do país.
A campanha eleitoral está no terreno desde o passado dia 13 de Maio, sendo que duas coligações e 20 partidos políticos vão disputar as sétimas eleições legislativas do país, depois de o parlamento guineense ter sido dissolvido a 18 de Maio de 2022.