Portugal inaugurou nesta Segunda-feira, 06, um centro de emissão de vistos exclusivo para aquele país, em Luanda, com o qual espera acelerar os processos [de emissão], segundo a cônsul-geral, que pediu “tempo” e “confiança” aos utentes, garantindo que será dada prioridade aos vistos CPLP.
Durante o acto, Rosa Lemos Tavares assegurou que o foco das autoridades portuguesas está concentrado nas pessoas e na sua mobilidade, assegurando que o consulado-geral “tem desenvolvido um trabalho árduo, com esforço, empenho e enorme dedicação”.
“Iremos continuar a dar o nosso melhor. Pedimos ao nosso querido público que nos dê tempo e que confie no nosso trabalho”, apelou Rosa Lemos Tavares, numa altura em que o número de vistos pedidos por angolanos tem vindo a aumentar, colocando sob pressão os serviços consulares, com meios escassos para responder à crescente procura.
Rosa Lemos Tavares lembrou também que foi iniciada em Outubro a tramitação de novas tipologias de vistos nacionais, introduzidas pela nova Lei de Estrangeiros, que permitiu implementar o Acordo de Mobilidade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), criando o sub-regime de vistos CPLP.
Trata-se, explicou, de vistos nacionais preveem estadias em Portugal superiores a 90 dias e têm como finalidade a frequência do ensino superior, trabalho, tratamento médico prolongado e reagrupamento familiar, entre outras categorias, aos quais se juntaram novas como a dos nómadas digitais, procura de trabalho e acompanhamento familiar.
No entanto, de acordo com o embaixador de Portugal em Angola, Francisco Alegre Duarte, citado num comunicado publicado no website da instituição e consultado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, “este é mais um sinal do empenho de Portugal em implementar medidas concretas que contribuam para a promoção de fluxos regulares, seguros e ordenados de pessoas no espaço da CPLP, designadamente entre Portugal e Angola, permitindo também dar resposta às necessidades de mão-de-obra e enfrentar o envelhecimento demográfico em Portugal”.
As novas instalações, segundo a Lusa, estão divididas em duas áreas – uma de submissão de pedidos de visto e outra de entrega de passaportes -, dispondo de mais balcões, mais funcionários e duas salas de espera em cada área, uma com 40 e outra com 34 lugares sentados, bem como um quiosque digital com acesso aos sites da VFS Global, Consulado de Portugal em Luanda e portal de vistos do Ministério dos Negócios Estrangeiros.