Um total de 93.203 passageiros foi o quanto os noves portos de Cabo Verde movimentaram, no transporte marítimo interilhas, em Outubro, representado um crescimento de 37,5% acima do registado no mesmo mês de 2020, indicam dados da empresa pública responsável pela gestão dos portos do arquipélago, Enapor.
Para os administradores daquele órgão de controlo portuário, o registo de Outubro continua a evidenciar a recuperação das fortes quebras desde Abril de 2020, quando as viagens interilhas de passageiros foram condicionadas pelas medidas para conter a pandemia da Covid-19.
De acordo com o relatório da Enapor, a CV Interilhas, controlada em 51% pela portuguesa Transinsular, do grupo ETE, detém a concessão do serviço público de transporte marítimo de passageiros e carga, por 20 anos, e que é actualmente a única empresa a operar neste sector no arquipélago, admitiu anteriormente que a pandemia representou uma quebra de 30% na actividade, em 2020.
No mesmo período, o movimento no Porto Grande representou 36% do total, e no Porto Novo 31,7%, respectivamente nas ilhas vizinhas de São Vicente e Santo Antão. Já o Porto da Praia, registou uma quota de 10,9% do total, com um movimento que caiu para 10.261 passageiros.
Também em Outubro, os portos movimentaram 580 escalas de navios, menos 9,1% face a Setembro e 6,2% acima do registado em Outubro de 2020. Já o movimento de mercadorias caiu 15,4% face ao mês anterior, para 192.563 toneladas, ainda ligeiramente acima do registado em Outubro de 2020.
Ao longo de todo ano passado, os portos movimentaram um total de 757.011 passageiros, uma quebra de quase 30% face ao ano anterior, explicada com os efeitos da pandemia da Covid-19, que obrigou à suspensão das ligações interilhas. De acordo com o relatório de tráfego anual elaborado pela Enapor, no espaço de um ano foram transportados menos 314.249 passageiros, ou seja, uma queda de 29,3% face a igual período anterior.
De recordar que as ligações marítimas de passageiros foram totalmente suspensas pelo Governo entre final de Março e meados de Maio de 2020, com o estado de emergência, para conter a transmissão da Covid-19.