O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, admitiu nesta Segunda-feira, 21, que a implementação do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) pode ser “a tábua de salvação” perante a situação “bastante preocupante” de arrecadação de receitas no arquipélago.
O chefe do governo são-tomense falava na ilha do Príncipe, no lançamento da campanha nacional sobre a implementação do IVA que as autoridades perspetivam para o segundo semestre do ano.
“Esse novo imposto pode aparecer hoje como uma tábua de salvação, face a um quadro bastante preocupante em termos de receitas, mas ele tem que ser visto como um imposto que vem modernizar a nossa economia. Sobretudo, na aplicação desse imposto, nós não devemos perder de vista que devemos continuar a criar mais riquezas e mais oportunidades no nosso país”, afirmou Patrice Trovoada.
De acordo com o governante, a introdução do IVA no ordenamento jurídico fiscal do país “é uma imposição, é uma realidade, é algo que é hoje incontornável, mas não é como se disse ou deixou-se entender, uma exigência dos nossos parceiros”.
P primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, defendeu que a introdução do IVA deve ser entendida como uma apropriação dos são-tomenses. “É bom que seja assim entendido, já que se demorou muitos meses a chegarmos à fase em que estamos hoje depois de muitas promessas feitas aos nossos parceiros internacionais, nomeadamente o FMI [Fundo Monetário Internacional], e que só contribuíram para descredibilizar o Estado são-tomense”, referiu, citado pela Lusa.