A SADIA – maior sociedade de direitos de autor de Angola – no âmbito do Sistema Nacional dos Direitos do Autor e Conexos, com vista à criação da indústria da arte, assinou um acordo com variadas plataformas digitais de streaming de forma a remunerar artistas por estes meios.
A iniciativa entra em vigor a partir de Agosto próximo, as negociações começaram em Fevereiro, podendo abranger obras de autores nacionais usadas em execução pública no Facebook, Instagram, Deezer, Triller, Audiomack, Youtube e outras plataformas digitais.
“As negociações tiveram uma duração de 3 meses. Não tivemos grandes dificuldades na negociação. Felizmente, as companhias internacionais respeitam a importância do pagamento dos direitos autorais e valorizam muito o autor, criador e os artistas do nosso território e não só. Sabem que os autores e artistas são a base da sustentabilidade dos seus negócios”, informou Lucioval Gama, representante da SADIA.
Num comunicado que a FORBES teve acesso, a entidade angolana gestora dos direitos autorais assinou também um acordo com o programa Hub Digital Africana Capasso, um programa que cobre 58 territórios africanos, para o incentivo e respeitos pelos criadores africanos, no que concerne ao uso das obras no sistema digital e combate à pirataria digital.
A instituição aconselha ainda aos criadores a se filiarem e a declararem as obras, já que só desta maneira podem usufruir destes e outros direitos autorais e conexos. “Em Outubro de 2021, vamos ter plataformas grandes e sérias no nosso território com sistema de pagamento de acordo com a nossa realidade. As receitas do digital têm crescido muito nos últimos dois anos e Angola não pode ficar para traz”, revelou o responsável.