A TAAG – Linhas Aéreas de Angola anunciou, esta Terça-feira, 11, ter chegado a um acordo com o Sindicato de Pilotos de Linha Aérea, após nova ronda de negociações, que culminou com o levantamento da greve dos pilotos.
Num comunicado enviado à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, a presidente do Conselho de Administração da companhia, Ana Major, diz que a transportadora mantém o seu forte compromisso com a melhoria das condições de trabalho dos seus colaboradores, de modo a garantir a continuidade e a excelência da operação.
Já o presidente do Sindicato de Pilotos de Linha Aérea (SPLA), Miguel Prata, deixou claro que não é o acordo desejado, mas sim o possível, tendo em conta algumas limitações financeiras e económicas da empresa.
Miguel Prata explicou também que, dos oito pontos do caderno reivindicativo apresentado pelo sindicato dos pilotos, a TAAG resolveu apenas o segundo, concretamente o que tem a ver com a remuneração. “O nosso salário base só aumentou 20%. Com base nas demonstrações financeiras não podíamos exigir mais”, assegurou.
Numa nota publicada logo após o início da greve, no passado dia 07, o Ministério dos Transportes angolano defendia que um aumento salarial acima das possibilidades financeiras poderia colocar a companhia em risco de falência técnica e, por arrasto, implicar o despedimento massivo de trabalhadores. No documento, o órgão dava também conta que a administração da companhia aérea teria concordado com um aumento salarial de cerca de 30% exigido pelos pilotos.
“Este é um cenário que o Ministério dos Transportes rejeita, lembrando que, apesar dos prejuízos financeiros vividos no passado recente, foram mantidos todos os postos de trabalho da companhia aérea nacional, sem quaisquer descontos salariais”, podia ler-se na nota.
O acordo prevê a retoma imediata de voos que, de acordo com as operações, terá acontecido a partir das 14h00 desta Terça-feira.
No documento, a TAAG detalha que, para além de contar com todos os seus pilotos agora disponíveis, as aeronaves alugadas para fazer face ao plano de contingência irão continuar a operar, de modo a acomodar o plano de viagem dos passageiros e o rápido regresso aos níveis normais de disponibilidade de voo, “sobretudo para atender as rotas mais congestionadas”.
No entanto, a companhia angolana de bandeira garante que está a trabalhar na reprogramação global de voos (domésticos e internacionais) para acomodação dos passageiros, sendo que este processo poderá demorar entre dois e cinco dias.