O Governo de Cabo Verde quer que a economia azul contribua com 25% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2030, gerando 35 mil empregos e tornar-se num sector exportador, disse o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia.
“A economia azul é o segundo acelerador do desenvolvimento sustentável de Cabo Verde e tem potencial para, até 2030, gerar cerca de 25% do PIB e 30 a 35 mil empregos directos, ou seja, tornar-se num sector exportador, na segunda âncora após o turismo e num dos principais sectores empregadores”, referiu Olavo Correia.
Ao discursar, na Praia, na cerimónia de abertura de um ateliê de apresentação de progressos do projecto conjunto “Conectar os actores da economia azul: gerar emprego, melhorar os meios de subsistência e mobilizar recursos”, o também ministro das Finanças frisou que a estratégia é para a mudança de paradigma com relação ao mar.
O governante completou dizendo que dizendo que o Governo de Cabo Verde pretende continuar a contar com a parceria e a contribuição do Sistema das Nações Unidas para enfrentar e vencer estes desafios.
O projecto “Conectar os actores da economia azul: gerar emprego, melhorar os meios de subsistência e mobilizar recursos” é uma iniciativa das Nações Unidas, que está a ser executada no âmbito do programa “Construindo Resiliência e Acabando com a Vulnerabilidade em Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento”.
“Saudamos o projecto “Conectar os Actores da Economia Azul” a ser implementado por diferentes agências das Nações Unidas em colaboração com diferentes ministérios, parceiros da sociedade civil e setor privado com a coordenação técnica da FAO”, afirmou o ministro de Cabo Verde, arquipélago com 99% de mar.
De acordo com a Lusa, o vice-primeiro-ministro sublinhou ainda o facto de o projecto poder, entre outros aspectos, contribuir para atenuar o problema da exclusão socioeconómica e financeira das mulheres e dos jovens, nas comunidades piscatórias.
Por sua vez, a coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Patrícia Portela de Sousa, explicou que se trata de um projecto-piloto, que vai funcionar em três níveis, designadamente comunitário, nacional e internacional.