Angola encerrou o ano 2021 com um saldo positivo da balança comercial de bens, ao registar um crescimento acima do dobro do total inscrito no balanço de igual período anterior, precisamente 21,3 mil milhões de dólares, de acordo com uma análise do Banco de Fomento Angola (BFA).
Em 2020, o saldo da balança comercial do país terminou em 9,9 mil milhões de dólares, pelo que eram necessários um crescimento na ordem dos 115% para situar o saldo entre as exportações e as importações nos 21,3 mil milhões de dólares.
De acordo com uma nota do Gabinete de Estudos Económicos do Banco de Fomento Angola (BFA), enviada aos clientes, para esta melhoria no saldo terá contribuído essencialmente a evolução do petróleo.
Para além disso, acrescentam os analistas, “as vendas de diamantes ao exterior aumentaram 45%, face a 2020, e as restantes exportações subiram 139%, em particular, as exportações de Gás Natural Liquefeito (LNG) terão tido um impacto “significativo”, devido ao preço “bastante elevado” na segunda metade do ano”, acrescentam.
O BFA indica que as importações cresceram 20% em 2021, face ao ano anterior, “com destaque para a importação dos bens não alimentares, uma vez que as compras de bens alimentares ao exterior diminuíram 8% no ano passado, estando abaixo dos 2 mil milhões de dólares. O banco diz tratar-se do quarto ano consecutivo de diminuição e dá ainda nota do início de um processo de substituição de importações nos bens alimentares.
As importações de combustíveis mais que duplicaram, com um crescimento de 107%, que é explicado essencialmente “pelo efeito do maior preço do petróleo”, enquanto as restantes importações subiram 17%, conclui o documento de um dos maiores bancos a operar em Angola.