A Petrobras registou prejuízos de 430 milhões de euros no segundo trimestre do ano, depois de ter registado lucros de 4,74 milhões de euros no período homólogo de 2023, indicou a maior petrolífera brasileira.
A empresa controlada pelo Estado explicou, em comunicado divulgado na Quinta-feira, que os prejuízos foram causados por um acordo assinado com o Governo, para acabar com antigos litígios fiscais relacionados com o pagamento de fretes de navios, que custaram à Petrobras 19,8 mil milhões de reais (cerca de 3,27 mil milhões de euros).
Já no que toca aos primeiros seis meses do ano, a empresa registou um lucro líquido de 3,47 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano, uma queda de 68,5% em relação ao período homólogo de 2023.
Segundo a Petrobras, sem o acordo com o Governo e a forte desvalorização do real registada até ao momento este ano, algo que provocou perdas de 12,5 mil milhões de reais (cerca de 2,06 mil milhões de euros), o lucro semestral da Petrobras teria ascendido a 54,8 mil milhões de reais (8,98 mil milhões de euros).
A empresa, controlada pelo Estado mas com acções negociadas nas bolsas de São Paulo, Nova Iorque e Madrid, indicou que vai distribuir 2,2 mil milhões de euros em dividendos e juros sobre o capital próprio, o valor mínimo esperado para os accionistas.
Na sequência das perdas trimestrais, diz a Lusa, a Petrobras reduziu a projecção para o investimento este ano de 16,95 mil milhões de euros para um nível entre 12,37 mil milhões de euros e 13,28 mil milhões de euros, mas esclareceu que a diminuição não terá impacto no objectivo de aumentar a produção.