Mais de 30 mil pessoas, a maioria crianças, beneficiaram em 2023 de um projecto de nutrição em curso na Guiné-Bissau, resultado do perdão da dívida do país africano por Espanha.
Uma delegação espanhola concluiu, há dias, uma visita de dois dias à Guiné-Bissau, para avaliar o progresso do projecto financiado pelo acordo de troca de dívida feito por Espanha com o Governo da Guiné-Bissau e o Programa Alimentar Mundial (PAM) das Nações Unidas.
O projecto está em curso, desde 2022, com o propósito de prevenir a desnutrição aguda em mulheres, crianças e pessoas com HIV/Tuberculose e, no ano de 2023, este programa de prevenção e tratamento terá chegado a 32 741 pessoas, incluindo 31 843 crianças e 607 mulheres, de acordo com os promotores.
A delegação espanhola, chefiada pelo embaixador de Espanha na Guiné-Bissau, Antonio González-Zavala Peña, visitou três centros de saúde na região de Oio, que tem a maior prevalência de atraso de crescimento do país (36,8%) e uma alta prevalência de desnutrição aguda (6,8%) em crianças menores de cinco anos.
O destino dos fundos da troca de dívida bem como a presença da delegação em Bissau são, para o embaixador espanhol, “mais uma prova do firme compromisso com a luta contra a desnutrição e a erradicação das consequências mais nocivas da pobreza entre as crianças”.
O Governo de Espanha, segundo a Lusa, concordou em libertar a Guiné-Bissau da dívida de 12 milhões de dólares, com a condição de que o país invista 6,7 milhões de dólares para apoiar o PAM na luta contra a desnutrição.