O empresário e programador criador da rede social Facebook não entrou muito este ano ao nível dos negócios. Mark Elliot Zuckerberg registou entre os dias 2 e 3 de Fevereiro na sua empresa, uma perda de 232 mil milhões de dólares em valor de mercado.
Os números apontam um colapso na meta traçada para 2022 pelo empresário, apesar de ainda existir expectativa positiva para o segundo semestre do ano. A ‘gigante’ que engloba as Apps Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp, além dos Reality Labs, tem sido incapaz de estancar a fuga das receitas publicitárias do Facebook e os projectos de renovação e apostas noutros produtos têm-se revelado contraproducentes ou fracassos, sorvedouros de milhões de dólares.
Por outro lado, e para piorar a situação, Bruxelas prepara-se para rever a política de partilha de dados com o parceiro transatlântico e essa perda poderá vir a ditar o encerramento dos serviços do Facebook e do Instagram em solo europeu, por falta de rentabilidade.
A respeito, Zuckerberg afirma que “se não tivermos permissão para transferir os dados entre países e regiões em que operamos, ou se formos impedidos de partilhar os dados entre os nossos produtos e serviços, a capacidade para promover os nossos serviços poderá ser afectada”.
Recorde-se que em 2021 o crescimento da companhia estagnou nos Estados Unidos e no Canadá. Além disso e pela primeira vez nos 18 anos da empresa, o número global de utilizadores diários do Facebook desceu, segundo um relatório tornado público.
Na apresentação do relatório, emitida digitalmente, Mark Zuckerberg mostrou-se confiante que a alternativa Reel, do universo Facebook, irá ser capaz de competir com a Tik Tok. Zuckerberg admite que as perdas “aumentem significativamente”, nos próximos meses, acrescentando que “ninguém espera resultados antes dos dez anos”.
Esta Segunda-feira, 7, surgiu, entretanto, o anúncio da saída de Peter Thiel, o fundador de PayPal e do Palantir, membro do Conselho de Administração de Facebook desde 2005. Na altura, Thiel deu a Zuckerberg meio milhão de dólares e tornou-se o primeiro investidor externo e um dos grandes apoios do fundador da “maior rede social do mundo”.