O Papa Francisco vai receber nesta Sexta-feira, 23, no Vaticano, um grupo de artistas de todo o mundo, entre os quais o músico angolano Paulo Flores, que é um dos convidados do Sumo Pontífice.
O encontro acontece na Capela Sistina, 50 anos após idêntica reunião do então Papa Paulo VI. O artista diz sentir-se honrado com o convite para representar Angola e a língua portuguesa.
“É uma grande honra representar de alguma forma Angola a sua cultura e também a língua portuguesa e tudo aquilo que significa na minha expressão artística. O que mais me comoveu no convite do Papa Francisco foi o facto de ter frisado a minha obra, o humanismo que está presente e a preocupação pelos outros que estão muito presentes nas minhas criações. Então é muito importante fazer parte desse encontro com o Papa”, sublinhou à RFI.
Paulo Flores adianta que vai levar para o Papa o recado dos angolanos e pedir que ore por eles, assim como irá perceber o que terá o líder da igreja católica a dizer para o povo de Angola.
O músico fez saber ainda que vão participar de um documentário que está a ser feito sobre esta efeméride e mostra-se apreciador da forma como o Papa Francisco tem levado o seu pontificado, “com uma certa inclusão social”.
O músico considera que o Papa “tem abordado os problemas da igreja, desde os abusos sexuais, que tem colocado a igreja mais próxima das pessoas”, realçando que é o “grande mérito” do líder religioso e o motivo que lhe fez ter o prazer de estar no evento.
O artista, de 50 anos de idade, grava desde 1988, com um percurso iniciado em torno do kizomba, estilo moderno, misturando ritmos angolanos, como o Semba, com outros das Caraíbas.