A partilha de infra-estrutura tem sido e poderá ser durante algum tempo um dos grandes desafios da Africell, que segundo o seu director executivo, Gonçalo Faria – em resposta à uma questão colocada pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA – poderá condicionar a expansão dos serviços da quarta operadora de telefonia móvel por todo território nacional.
Movicel e outras entidades públicas como a EPAL, são das poucas empresas que aceitaram até agora partilhar infra-estruturas com a nova operadora de telefonia móvel em Angola, que iniciou operação no dia 07 de Abril deste ano.
“O ritmo e a velocidade a que este plano de expansão será implementado junto das populações, e do mercado está altamente dependente da evolução das condições de partilha de infra-estruturas com outros operadores”, disse Gonçalo Faria, aos jornalistas, no ano que marcou o início oficial das operações da operadora norte-americana em Angola.
Questionado pela FORBES sobre o “não interesse” da Unitel em partilhar as suas infra-estruturas, Gonçalo Faria respondeu que não fala dos concorrentes, mas avançou que por enquanto, já estão a partilhar infra-estruturas com a Movicel.
“Actualmente estamos a partilhar com diversas empresas, entre elas empresas públicas. Com a Movicel estamos a partilhar alguma infra-estrutura, mas com a Unitel até agora não é uma realidade”, disse.
O responsável reforça que a partilha de rede traz consigo inúmeras vantagens como por exemplo a opmização de investimentos, partilha de custos entre as diversas entidades que estão presentes no mercado.
Gonçalo Faria garantiu ainda que a Africell está a investir para a construção de infra-estrutura nova, mas destaca a disponibilidade caso exista alternativa, de partilhar com os demais operadores que estejam disponíveis para partilha.
Depois de Luanda, a nova operadora conta fazer chegar os seus serviços em Julho à Benguela, seguindo-se Cabinda e, até ao final do ano em curso, na Huíla e Luau (Moxico).