O parlamento moçambicano aprovou na Sexta-feira passada o Plano Económico e Social e Orçamento de Estado (PESOE) para 2023, com 162 votos a favor da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, e os votos contra da oposição.
“As nossas projecções de crescimento económico para o próximo ano assentam numa dinâmica nas áreas económicas sociais com destaque para os sectores agrário, da saúde, acção social, turismo e indústria extrativa, entre outros”, referiu Adriano Maleiane, primeiro-ministro do país.
Citado pela Lusa, o chefe do governo moçambicano assumiu uma aposta no capital humano e na diversificação e competitividade da economia.
Já o deputado e porta-voz da bancada do partido no poder, Feliz Sílvia, considerou que os documentos respondem às necessidades do país, mas a oposição discordou.
O porta-voz da bancada da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, disse que o PESOE para o próximo ano não está alinhado com o plano de desenvolvimento do país, sobretudo nas áreas da educação, agricultura e acção social.
Por sua vez, Fernando Bismarque, porta-voz do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), defendeu que a proposta do Governo aprofunda a pobreza, mantendo-se um problema de emprego para os moçambicanos.
O Plano Económico e Social e Orçamento de Estado 2023 prevê uma redução do défice para 8,7% do Produto Interno Bruto, caindo para 115 mil milhões de meticais (1,8 mil milhões de euros), um decréscimo de 5,2 pontos percentuais face ao estimado para o ano em curso.