O Parlamento da Guiné-Bissau, dissolvido pelo Presidente do país, Umaro Sissoco Embaló, desde o dia 04 de Dezembro passado, reabriu as portas para o expediente de funcionários, mas sem a presença de deputados.
“Foi reaberto por indicações da segunda vice-presidente, Satu Camará, mas apenas para tratar dos assuntos internos do órgão”, informaram à Lusa fontes da instituição.
Segundo as mesmas fontes ligadas à administração do parlamento, “os gabinetes foram limpos e os funcionários estão a atender pessoas que podem aceder ao edifício sem qualquer problema”.
A fonte administrativa considera “normal” a presença de polícias no edifício. “A polícia não impede ninguém de entrar no edifício. É normal, o Parlamento tem sempre polícias aqui”, defendeu.
O Sissoco Embaló dissolveu o Parlamento, considerando que este era foco de instabilidade no país, na sequência da demissão do Governo que tinha saído das eleições legislativas antecipadas, em Junho do ano passado.
O líder do parlamento, Simões Pereira, defende que o órgão “está sequestrado por homens armados” a mando do chefe de Estado. Sissoco Embaló tomou aquelas medidas na sequência de confrontos armados entre elementos da Guarda Nacional e das Forças Armadas, dias antes.
Desde então, o edifício do Parlamento, no centro de Bissau, esteve sempre vigiado por homens armados e o acesso negado a qualquer pessoa, nomeadamente funcionários ou deputados, que ainda tentaram entrar no dia 13 de Dezembro, que foram impedidos pelas autoridades que lançaram granadas de gás lacrimogéneo contra os parlamentares.
*Napiri Lufánia